sábado, 22 de setembro de 2012


Eu me sinto gelada. Mãos, pés, braços, gelados. É primavera lá fora, mas aqui dentro, na alma, faz frio. Tudo que eu queria era ter as suas mãos, pés e braços quentes à minha volta. Aquecendo-me. Transformando o meu inverno aqui dentro em primavera, em que cada beijo seria uma flor que floresceu belamente. Mas, como toda vez, você não está aqui; então tudo que eu posso fazer é tomar um gole de whisky para aquecer o corpo por dentro… Às vezes, me pego pensando. Pensando em tudo um pouco. E meu ‘tudo’ é você. Pensando um pouquinho. ‘Um pouquinho o tempo todo’. Descobri, do modo mais difícil que se possa imaginar, que, às vezes, as pessoas não te esquecem. Às vezes elas nem sequer te amaram para poder te esquecer. Às vezes elas nem sequer lembraram de ti para poder te esquecer. Às vezes. E é uma pena que o meu ‘às vezes’ tenham sido todas elas; e que logo você faria parte de uma delas. Viro o copo. Descobri que agora é apenas eu e mim mesma capaz de me fazer feliz. Capaz de aquecer meus gelados pés, mãos, braços. Ou, pelo menos, capaz de colocar uma máscara primavera que esconda meu inverno. Inverno tal que apenas você pode transformar em primavera.”

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